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Querido L



Completamos quatro meses de nada. Inércia. Movimento zero. Acenos não contam pontos no placar dos zelos. Penso até que você o faz por educação. Ou medo da doida aqui. Te odeio! E te amo do meu jeito tonto com o e_terno olhar de boba, quando encontro o teu olhar blasé (que camufla o olhar em chamas, eu sei).
Hoje te peguei no pulo, e teu sorriso foi o carinho de um fevereiro inteiro. Falei menos, muito menos, do que merecemos. Falei aos atropelos, mas que culpa tenho se meu lado insano te adora e não filtra os pensamentos? Pena que você não colabora e nada disse a respeito, mas sorriu enquanto ouvia minhas sandices e eu brinquei meu carnaval ali, sob o confete de teus olhos e as bateria nota 10 do coração.
É carnaval, amor, veste a fantasia que te dou todos os dias e só você não vê o quanto é linda. De intensos: brilho e cor.

Assinado eu, que pinto, bordo e ponho meu bloco na rua, sem vergonha alguma. Alma nua, por você.

p.s.: um dia você irá me agradecer por toda a paciência com que esperei por nós desfilando na avenida.



Valéria Tarelho

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