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Mostrando postagens de outubro, 2010

gostosuras ou "traversuras" ?

1 hello inn nos contos há bruxas más drásticas frias no meu canto o caldeirão fervilha poções mágicas rimas fihas de uma boa mãe                                                                                                                          2                                                                                              bruxas para paulo medeiros feias porcas más [no entanto gostosas nos contos de fodas] 3 atirei o pau no ingrato para ser bruxa por completo só me falta um gato perto 4 cabelos enrolados e ideias, idem ideias louras voam de carona na minha vassoura 5 feiticeira o meu cabelo não nega. 6 bruxa madrinha para o verso bem travesso sou um doce [concedo desejos diversos com a minha va[le]rinha]                                                                                                                            7 madame   mim muita gente diz assim : "min

amoreira

1 brotam em mim amoras doces rubras suculentas se você  me namora  me consumo em labaredas quando você - bicho- da-se n da - me devora 2 na amora no ramo em roma : amor há a poesia aroma onde o poema [na]mora valéria tarelho * na foto : mãos calejadas de poesia **as frutas foram furtadas a caminho do primeiro turno da eleição. terei cem anos de perdão ?  *** também furtei pitangas. amanhã tem mais peraltice :)

update

tradução para o italiano do poema "das iminências" [post anterior], especialmente para Francesca Biasetton, que, gentilmente, me concedeu o uso de sua arte. imagem:  "La poesia prêt-à.porter", de Francesca Biasetton l'imminenza essere velata sola da una fase di luna quasi fuori di sé sdraio debboli poemi in dubbi lenzuole semi-sobri                  [delle lettere - saggi -                  provanno l'equilibrio                  delle frasi                  come che traballante]   mentre la luna lascia la scena un po’ ubriaco (di sogno) valéria tarelho *tradução de Sergio Di Fiore

das iminências

imagem:  "La poesia prêt-à.porter", de Francesca Biasetton sendo velada só por uma lua em fase quase fora de si deito poemas débeis em dúbios lençóis semi-sóbrios                    [as letras - sábias -                    treinam o equilíbrio                    das frases                    meio trêmulas] enquanto a lua sai de cena um tanto bêbada (de sonho) valéria tarelho *versão ilustrada aqui  . ** imagem do topo usada com autorização da autora.

sábado eu vou...

...ver a turma da Zenilda Lua em [cor]ação. estão todos convidados para o Todas as Letras de São José, evento que integra a 44ª Semana Cassiano Ricardo. venham!! são josé dos campos é logo ali :)

breviário

imagem via  horizonto.free.fr baldaŭ o encontro, amor  no próximo espanto assim espero assim : esperanto valéria tarelho *poeminha  assim, assim,  para espírito de poucos :)

desiderata

imagem © pereira lopes pálida & polida            a palavra        - poluída -         posa         pelada   não deu para ser lida valéria tarelho

bis

Google imagens evidência é sempre ele que ilumina o outdoor da dor ele que num piscar [neon ou não] faísca afasta o fosco ajusta o foco filtra   ele meu sol meu pixel ele bright holofote spot flashlight ele fosforescência estrela que entra sai de cena deixa todas as luzes tesas valéria tarelho *repost de março/2007  * *evidentemente, ele não é ele , muito menos ele :))

ex-fera

ilustração de Lisa Evans lua inteira e terna me nina valéria tarelho * pedido às visitas noturnas:  o último a sair, apague a lua.

overture

*fotografia: 1818 Overture, de Christopher Barker canto os tons noturnos dos insones entoo o mi dos boêmios o dó dos que doem no ponto [e não dormem] pelo canto dos olhos miro o infortúnio: sonho [lá] que não veio ou  virá conheço a letra do pesadelo em pauta e a lorota que toca o acorde do sol nota ultra-violenta_mente maior valéria tarelho

olhares

a olho nu meu olho, quando mergulha em teu olho, não vê: contempla. é um ver mais nítido, que se admira ante achados e pedidos no fundo cristalino. é um [m]olhar de êxtase, imerso nas transparências que a menina do teu olho vai despindo.  valéria tarelho  os olhares deles:

achados e perdidos

imagem via meme.yahoo.com/explore I luv you [d ilúvio] intitulo arca de noé o típico amor que salva amor em que se afoga [e nada] é do tipo barca furada platônico é o amor em que um só dá com os burros n’água valéria tarelho em Escritoras Suicidas, ed. 39 março/2010 * inaugurando a tag ' achados e perdidos ', que abrigará poemas publicados em outros blogs, revistas e afins, mas que nunca deram o ar da graça aqui no textura. em postagens anteriores já publiquei alguns desses filhos desgarrados, sem classificá-los, mas, a partir de agora, os trarei para morar com a família, nesse cantinho destinado aos perdidos & achados [jamais abandonados].

em nome do paulo III

"tudo em minha volta anda às tontas como se as coisas fossem todas afinal de contas" (trecho de por um lindésimo de segundo paulo leminski)        num átimo de completude [valéria tarelho] tudo em mim     ainda  arde  tudo é fim     de tarde  tudo começo     de noite tudo açoite     de beijos tudo meio assim     metade-metade tudo (in)certo     tintim por tintim tudo quase equilíbrio     de ébrio  tudo em parte perto     do empate tudo ato tudo fato tudo a jato tudo cênico tudo lânguido tudo frêmito gozo       e         êxodo tudo agora     anda às escuras como se as coisas todas     fossem meras conjecturas * repost, só porque hoje este poema completa sete aninhos. **da série: vale a pena ler isso de novo?

ardendo por aí IV

Pimenta da Boa                      por Raimundo de Moraes Desde que o poeta Meleagro de Gadara (130-60 a.C.) teve a ideia de fazer a primeira antologia literária do Ocidente, essa possibilidade de reunir muitas vozes num só livro ganhou o gosto popular e tornou-se uma sedução irresistível para acadêmicos e editores. De poesia a contos, de fábulas a frases famosas, antologia é algo que agrada pela variedade e pela proposta inicial de abordar um tema ou um autor. Mas quando vários autores e vários estilos se reúnem, aumentam as possibilidades de aquilatar talentos e degustar uma boa prosa, uma boa poesia. É o que ocorre na antologia Dedo de moça, onde o leitor vai encontrar mulheres de todos os tipos, e certamente cada uma delas vai afastá-lo do tédio e da mesmice. O livro reúne textos da revista literária on-line Escritoras Suicidas, que em cinco anos de existência já arregimentou mais de 100 colaboradoras de todo o Brasil. Mas por que suicidas? Trata-se de uma paródia, caro

filho da poeta

Google imagens entra em cena o poema que atiro a olho entoa um choro o poema que tiro de ouvido desde o útero [ligado ao umbigo] o poema me decl- ama por instinto valéria tarelho

encantamento

foto: domingo com theo, no céu deixa a gente meio boba meio gorda meio doida de afeto neto meio deixa a gente perto do firmamento valéria tarelho

so [n]ice

o gelo não pertence a meu inverno de minuanos internos que apetecem outra pele o gelo derrete-se [antes] ante um lance solar [olhar que me revela amena] à revelia da alma polar valéria tarelho Bebel Gilberto canta So Nice Composição: Marcos Valle / Norman Gimbel / Paulo Sérgio Valle

perdidamente

                                                           a Florbela Espanca bela [fera] quanto mais                                                     teu poema bate maior o amor aflora o mesmo [en]canto que perfura trevas perfuma auroras peço-te poeta [pétala] : espeta mais tua guerra tanta a santa paz  espanca com flor bélica valéria tarelho " E é amar-te, assim, perdidamente...                                                     É seres alma, e sangue, e vida em mim                                                     E dizê-lo cantando a toda a gente!"                                                   Florbela Espanca